Cultura? Comece com o porquê!

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Quantas cidades americanas você já conhece, só de assistir a filmes e séries? Seattle, Chicago, Nova Iorque, Los Angeles, Miami, Albuquerque (sim, Albuquerque, uma cidadezinha de meio milhão de habitantes, lar do seriado “Breaking Bad”). Quem já não se imaginou escrevendo num café em Paris, ou andando na garupa de uma Vespa na movimentada Roma? Pois é: de tanto assistir a filmes e séries estrangeiras, temos uma fantasia a respeito de lugares como esses que (supresa!) estimulam a indústria do Turismo.

O Walt Disney World, parque temático criado nos anos 60 na Flórida, leva milhões de turistas todos os anos aos Estados Unidos, alavancando todos os negócios relacionados ao Turismo local, desde cadeias de hotéis, restaurantes, serviços de transporte, até a indústria de brinquedos, roupas e souvenirs irresistíveis para os turistas emocionados.

Quando somos capazes de retratar de forma interessante as características geográficas de um local, toda a economia do mesmo local sai ganhando.

Dito isso, vale perguntar: Porque fomentar a Cultura?

Se pensarmos no fomento à indústria turística e seus setores adjacentes, fomentar a Cultura é importante pelo retorno econômico gerado. Casos nacionais também podem ser utilizados para ilustrar esse tipo de ação, como é o caso da FLIP – Feira Literária de Paraty, que movimenta a cidade litorânea todos os anos ao atrair turistas e aficionados por literatura e pelos escritores que participam do evento.

Pensando ainda em um âmbito anterior, encontraremos um porquê ainda mais primordial, como Simon Sinek nos leva a questionar em seu “Start with why”. Fomentar cultura e fazer cultura no sentido de fazer arte (música, teatro, dança, cinema, pintura, escultura, fotografia) é justamente a investigação e a busca desse porquê: é a inauguração de algo novo, é a criação de novas histórias, novos personagens, novos estilos, novas imagens: é essencialmente inovação, ainda quando o músico toca uma canção antiga ou quando uma companhia teatral reencena Ariano Suassuna. A investigação empreendida pelos artistas é uma mola propulsora da busca de sentido dentro de uma sociedade e fomentar cultura é sinônimo de fomentar inovação e descoberta.

Derivam do fomento à cultura e à arte diversos outros benefícios: interação entre pessoas diferentes, desenvolvimento de habilidades sociais como a comunicação, o trabalho em equipe, a empatia e a percepção da alteridade. Benefícios como o contato humano, a identificação e a troca com o diferente e a perspectiva da compreensão de si, tão fundamentais em todas as idades e ainda mais na adolescência, terreno fértil para a formação de indivíduos autônomos e independentes intelectualmente. O fomento à cultura e a criação de redes de trocas é antídoto poderoso contra a violência, como afirmou o Secretário de Cultura de Medellín, na Colombia, em sua visita a São Paulo.

Em 2019, nosso voto é de que possamos continuar trabalhando pela cultura e pela arte, potencializando nossos talentos e enriquecendo nosso país com as descobertas que fundamentam a arte e a cultura.

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